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Orgulho de Ex​-​Buds

by Putas Bêbadas

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1.
Geme 03:23
Vais ser a minha cadela Vou te por na minha trela Será que vais pinar debaixo do luar? Com tanto pa falar, ai eu não vou querer andar Só amar daqui pa fora, pa te por na minha trela A ganir que é cadela Gane, gane Grita, grita Corre, corre Gane, gane É o sabor da minha dor Ó meu amor isto é pinar de valor A minha dick é small mas eu tenho balls A minha dick é soft mas eu tenho balls A minha dick é só mas eu tenho balls Será que vais pinar debaixo do luar? Com tanto pa falar, ai eu não vou querer andar. Só amar daqui pa fora, pa te por na minha trela A ganir que é cadela Logo assim que soube logo assim que vi Saber não é sentir levar-te onde menos queres ir Vou tirar o pó da casa, Ai não xuxa só enfada Excalibur é minha enchada Gane, gane Grita, grita Corre, corre Gane, gane É o sabor da minha dor, Ó meu amor isto é pinar de valor A minha dick é small mas eu tenho balls A minha dick é soft mas eu tenho balls A minha dick é só mas eu tenho balls
2.
Proteína 03:00
Saí pó ginásio Sem agitar o batido em casa Correr não é pa mim Bater sei que é em ti Sair e ganhar a força, pa bater até que ela seque Vou deixá-la memo impéc, vou deixá-la memo impéc Proteína, proteína Proteína, proteína Saí pó ginásio Sem agitar o batido em casa Correr não é pa mim Bater sei que é em ti Proteína, proteína Proteína, proteína Cona cu e mamas a mim nunca me vão faltar, Sou tão fofo, tão fofinho, sem saber o que é miminho Saí pó ginásio Sem agitar o batido em casa Correr não é pa mim Bater sei que é em ti Vou ali puxar ferro, fosse tudo por um berro Era o fogo que apagava a chama, era o fogo que apagava a chama Proteína é o que te vai salvar
3.
Gorduchinha 03:47
Lá estava eu num miradouro pó futuro, Eu devia tar, Devia tar, Devia tar muito seguro Armei a puta sem querer, A puta sem querer, Puta sem querer, Passei a noite toda a chorar, O meu marido fodeu-me a banha, Gorduchinha, Chicha de primeira apanha, Passar a noite toda a peidar, Feijão dá bunda ao traque, Foi cozido, Melhor que o cheiro da minha bichana, Sonhei desisti Sifredi tinha uma, Aurora em fruto maduro, Aurora em fruto maduro, Auspicio outro uma doçura, Fixa bem seu dever, Fixa bem seu dever, Fixa bem seu dever Passei a noite toda a chorar, O meu marido fodeu-me a banha, Gorduchinha, Chicha de primeira apanha, Passar a noite toda a peidar, Feijão dá bunda ao traque, Foi cozido, Melhor que o cheiro da minha bichana, Agora vivo sem paz de fé gasta no escuro, Hálito voz de patrão, Hálito voz de patrão, Empratado no muro Raiou Zeus seu dever, Raiou Zeus seu dever, Raiou Zeus seu dever, Passei a noite toda a chorar, O meu marido fodeu-me a banha, Gorduchinha, Chicha de primeira apanha, Passar a noite toda a peidar, Feijão dá bunda ao traque, Foi cozido, Melhor que o cheiro da minha bichana, Raiou o seu dever, Raiou com prazer, Passei a noite toda a chorar, O meu marido fodeu-me a banha, Gorduchinha, Chicha de primeira apanha, Passar a noite toda a peidar, Feijão dá bunda ao traque, Foi Sashimi, Melhor que o cheiro da minha bichana,
4.
Cona e cu aberto É corrente de ar Tira a cuequinha Deixa a peida a refrescar Cu na palmadinha Agrada-m’a pilinha Ver-te a passarinha Faz meu pirilau voar Nunca te confundi Nem à tua lingerie Sempre te reconheci pra mim No escuro não é tão fácil assim O meu coração é frio por ti Tão obvio que isso é mau Não dá pa por-te a trela Mas vens sempre atrás do pau Ao Sol desperto Com maminhas por caçar Sem ti tou certo Rabinho a dar a dar A suar da pila à testa Borboletas a voar Aqui nesta floresta Há muito espaço pa cagar Nunca te confundi Nem à tua lingerie Sempre te reconheci pra mim No escuro não é tão fácil assim O meu coração é frio por ti Tão obvio que isso é mau Não dá pa por te a trela Mas vens sempre atrás do pau Fada deste lar
5.
Jóia 03:40
A coerência é só mais uma forma de falar, Foi só essa e mais nenhuma, Que me deixou todo entalado, Todo entalado, Este Natal eu vou gamar, Uma linda jóia para eu te dar, És tão linda, és tão fofinha, Belo presente para a minha menina, Eu vou gamar, Eu vou gamar, Uma linda jóia, Para eu te dar, A imprudência é só mais uma forma de andar, Foi só essa e mais nenhuma, Que me deixou todo entalado, Todo entalado, Este Natal eu vou gamar, Uma linda jóia para eu te dar, És tão linda, és tão fofinha, Belo presente para a minha menina, Eu vou gamar, Eu vou gamar, Uma linda jóia, Para eu te dar, À francesa é só mais uma forma de bazar, Foi só essa e mais nenhuma, Que me deixou todo entalado, Todo entalado, Este Natal eu vou gamar
6.
Sem estímulo, não há emoção, Sem pitéu, pa quê cuzão? Acordei todo amarelo, Jola, Whisky, É essa cor Eu tenho tudo a perder, A vida tá pa esquecer, Fui num cruzeiro de velhos, Num cruzeiro de velhos, Vou-me reformar no estádio, Já fechou Vou-me reformar no CRA, Já fechou Vou-me reformar no Estádio, Já fechou Vou-me reformar no Norling, Tá aberto Viver ca mãe, vida sem sabor Vem baby vem, vou virar bolor Jola nunca limoncello, Whisky, Jola, Pela dor Eu tenho tudo a perder, A vida tá pa esquecer, Fui num cruzeiro de velhos, Num cruzeiro de velhos, Vou-me reformar no estádio, Já fechou Vou-me reformar no CRA, Já fechou Vou-me reformar no Estádio, Já fechou Vou-me reformar no Norling, Tá aberto Vi um filme com os meus gatos, Tava certo que era de autor, Quanta vida a morte à terra dá? Viver eternamente sentadinho no sofá, Eu tenho tudo a perder, A vida tá pa esquecer, Fui num cruzeiro de velhos, Num cruzeiro de velhos, Vou-me reformar no estádio, Já fechou Vou-me reformar no CRA, Já fechou Vou-me reformar no Estádio, Já fechou Vou-me reformar no Norling, Tá aberto Homem só de muitos mais se valerá, Viver eternamente sentadinho no sofá, Homem só, muitos atrás a creditar, Viver eternamente sentado na poltrona, Eu tenho tudo a perder, A vida tá pa esquecer, Fui num cruzeiro de velhos, Num cruzeiro de velhos, Vou-me reformar no estádio, Já fechou Vou-me reformar no CRA, Já fechou Vou-me reformar no Estádio, Já fechou Vou-me reformar no Norling, Tá aberto
7.
Cona da Mãe 03:41
Eu nasci na cona da mãe, Sem ti eu sei, Eu nasci da cona da mãe, E tu também, Plantei e colhi, Os frutos do inferno, Pa ficar sentimental, Bastou chegar o Inverno, Babei-me e senti, Os colhões cair na miséria, Pa me salvar do Natal, Alistei-me mãe vou pá guerra Eu nasci na primavera Houve sempre tanta gente à espera E aí virgem decente Virou saturno, cascata em ascendente Um dia hei-de ser pai, E só aí serei gente, Filho e pai será, Melhor prisão de ventre, Por isso abre bem as pernas, E explode demograficamente Eu nasci na cona da mãe, Sem ti eu sei, Eu nasci da cona da mãe, E tu também,
8.
Camões 04:06
Atravessei o vale da Bela Vista, Chamei o Camões, É a grande conquista, Quem é que anda aí aos gritos? Acendo um ciguet, Se não eu vomito, Nunca houve tão pouco pa dizer, Tar calado, mais fácil fazer, Não calo a minha historia de confissão, Marchando descendente todo sem razão, Sentir o Verão na pixa, Tudo a espera que eu me dispa, Tirar o verão daqui, Porq’isto, Isto agora é party sem fim, Onde é que pára essa madre Teresa? Agora vinha, um vinho de mesa, Pa tirar, minha sesta de confusões, Embalar na nheta, secar meus colhões, Hidratar meu sonho de vida anhada, Será que algum dia eu fiz escolha errada, Sentir o Verão na pixa, Tudo a espera que eu me dispa, Tirar o verão daqui, Porq’isto, Isto agora é party sem fim, Eu vou ser um drunk da street, Pq isso é tão easy, É tão, tão, easy Até já sou só álcool, Xuto a minha xota até doer, Neste frio malhar, neste frio gemer, Um dedo no cú pa ver se corta, A dor de olhar pa uma pixa torta, Se assim nem lá vou, Ó meus irmãos, Libertem esse porradão, Cura falta de ti, o céu estrelado, A luz devolve o que eu tinha amado, Sentir o Verão na pixa, Tudo a espera que eu me dispa, Tirar o verão daqui, Porq’isto, Isto agora é party sem fim, Eu vou ser um drunk da street, Pq isso é tão easy, É tão, tão, easy Até já sou só álcool,

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Putas Bêbadas - Orgulho de Ex-Buds - 8mm067

Quatro anos após o opus Jovem Excelso Happy (anunciado como clássico instantâneo por sommeliers certificados como Julian Cope, Doug Mosurock ou Brian Turner), concertos escassos mas intensos e azares de estúdio, os portadores da tocha que alumia e desvenda o caminho do novo rock estão de volta. Gravado em Lisboa ao longo de três anos, "Orgulho de Ex-Buds" explode em tons de vontade, glória e proficiência, e apresenta aos ouvintes uma imagem clara das forças necessárias para corrigir os erros dos anos 00 e empurrando-as para a frente, ofuscando, como um temível clarão que estoura na bruma nocturna.

Embora haja uma sensação de familiaridade ao longo do disco, esse perpassa-a através dum instinto pynchonesco. Passando de Chrome para Crom e acelerando pelos Sightings e Brainbombs ao mesmo tempo que canta melodias que poderiam igualmente ser tiradas do cancioneiro punk / hardcore português ou mixtapes de Trap de Atlanta (sem esquecer o lirismo arquetípico Cafetra Records), com uma entrega assente na frescura excêntrica que da banda se conhece. Coros de auto-tune desbravando um mato feroz de insanidade tarola-pratos, guitarras construindo paredes para as derrubar e linhas de baixo que sabem exatamente o caminho a seguir. Tudo isso, mantendo a tradição do álbum anterior em narrar o diário doce, ébrio e azedo, às vezes esperançoso, às vezes sem esperança, do ser mais subversivo a habitar numa qualquer mente.

A voz ocupa agora um papel mais central; a cada tema a letra mede o ritmo orgânico e retorcido da mistura. Enquanto à superfície os temas e maneirismos podem lembrar as tradições de Råberg, Lifeless ou até Putnam, “Orgulho de Ex-Buds” está mais próximo dos pilares literários da língua em que cantam, erguidos por Luiz Pacheco ou Alberto Pimenta; expressam uma generosa dose de controlo confiante, sagazmente derramada na lascívia menos oportuna, com um fundo humanista.

Todo o álbum é cheio de ação, rápido e libertador, com destaque para todas as músicas: O LP abre escaldante com a "Geme" definindo o tom; o conto anabolizante e cerebral não-pc, mas dançante da "Proteina"; a gratificante estrutura temporal da "Gorduchinha"; O hino "Fada deste lar" com uma das introduções mais catchy deste lado da interseção de ruído x rock ("cona e cu aberto / é corrente de ar / tira a cuequinha / deixa a peida a refrescar"); o ladrão de jóias perdido em cantos de amor na "Jóia"; ode aos oásis perdidos e encontrados de Lisboa em "Cruzeiro de Velhos"; o existencialismo ginecológico hipnotizante de "Cona da Mãe"; e o final, onde a unicidade etílica e os enigmas e sortes do universo se encontram, "Camões". Fundamental.

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Four years after the opus Jovem Excelso Happy (heralded as instant classic by certified sommeliers such as Julian Cope, Doug Mosurock or Brian Turner), sparse intense live shows, and studio mishappenings, the hung torchbearers of the new stretchings of the rock spectre are back. Forged in Lisbon over three years, “Orgulho de Ex-Buds” explodes in minty tones of will, pride, and craftsmanship, and presents the listeners with a clear picture of the forces that need be, righting the wrongs of the 00’s, and thrusting ahead, as a glorious flare shot into the dark sky.

While there is a sense of familiarity throughout the record, it is so in a pynchonesque flair. Going from Chrome to Crom, and speeding through Sightings’ and Brainbombs’ lawns while chanting melodies that could equally have been drawn from the portuguese punk/hardcore songbook or atlantan mixtapes (without forgetting their own Cafetra Records’ archetypal lyrism), keeping it fresh all along. Bubblegum auto-tuned voices riding ferocious waves of snare-cymbal insanity, guitars building walls and tearing them down, and basslines that know exactly where they’re going. All of this while keeping the previous record’s tradition on telling sweet, boozy, and sour tales, sometimes hopeful, sometimes hopeless.

The vocals now occupy a more central role; each lyrics’ metres melting twisted organic rhythm into the sauce. While on surface the themes and mannerisms might remind those of Råberg, Lifeless or even Putnam traditions, Orgulho de Ex-Buds is closer to Portuguese literary mavericks Luiz Pacheco or Alberto Pimenta, with a generous dose of confident control poured over the wit and lasciviousness, with a humanist (!) background.

The whole album is action-packed, fast, and liberating, with song highlights all through: the scorching album opener “Geme” (moan) setting the tone; the brain dancing non-pc anabolic tale “Proteina” (protein); the gratifying tempo structure of “Gorduchinha” (fatty); the anthem “Fada deste lar” (this home’s fairy) with one of the catchiest intros on this side of the noise x rock intersection (“cona e cu aberto/é corrente de ar/tira a cuequinha/deixa a peida a refrescar” | “open ass and cunt/it’s a breeze/take of your panties/let the booty cool down”); the jewels robber love chants in “Joia” (jewel); the ode to Lisbon’s lost and found oasis “Cruzeiro de Velhos” (a cruise for elders); the mesmerizing gynecological existentialism of “Cona da Mãe” (Mother's Cunt); and the finale where ethylic oneness with the universe’s riddles and gifts wraps thing up, “Camões”. Fundamental.

credits

released November 1, 2017

All songs by Putas Bêbadas

Hugo Cortez - Guitar
João Dória - Guitar, Vocals
Leonardo Bindilatti - Drums, Vocals
Miguel Abras - Bass, Vocals

Recorded and mixed in Lisbon at Cafetra Studio by Leonardo Bindilatti
Master by Riccardo Mazza
Artwork photos by Tomé Duarte

Thanks to Lourenço Crespo, Maria Reis, Afonso Simões, Nelson Gomes, Claudia Lancaster, Cafetra Records and to all the Ex-Buds

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Putas Bêbadas Lisbon, Portugal

Orquestra Sinfónica das Olaias, vocês sabem quem nós samos!!!

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